Durante a reunião do movimento "Aterro Não, Usina Sim", na tarde desta sexta-feira (22), a Prefeitura de Mogi das Cruzes anunciou a criação do programa Recicla Mogi. A ideia é reforçar o sistema de reciclagem existente atualmente na cidade. O lançamento do programa será em março.
De acordo com o secretário de Verde e Meio Ambiente, Romildo Campello, o reforço no serviço de reciclagem é um dos requisitos para que a usina de incineração da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Sabesp) seja instalada no município: "É preciso que a cidade tenha um programa de reciclagem eficiente. Nossa meta é reciclar ainda este ano pelo menos 2% do que coletamos. Com esse programa queremos envolver a sociedade mudando o hábito para uma ação mais sustentável”. O projeto prevê medidas de educação ambiental nas escolas e a ampliação da coleta seletiva nos bairros e de pontos de coleta voluntários, como os ecopontos.
A reunião contou com a presença de integrantes da prefeitura e da sociedade civil organizada. A reunião foi dividida em etapas. Nas duas primeiras o assunto foi o processo de licenciamento ambiental do aterro, que a empresa Queiroz Galvão tentou retomar a algumas semanas. De acordo com a secretária adjunta de Assuntos Jurídicos, Dalciane Guimarães, ações estão em andamento na Justiça. “Na verdade temos seis ações contra o licenciamento, sendo três delas reunidas em uma só. Cada avanço nesse processo que for feito sem a participação do município, iremos intervir com medidas administrativas e jurídicas.”
Para o prefeito de Mogi das Cruzes, Marco Bertaiolli, é difícil para a empresa rebater os questionamentos do município “Não há possibilidade de dar andamento ao processo sem os questionamentos técnicos serem respondidos. Para cada movimento da Galvão temos a garantia de uma ação”, diz Bertaiolli.
Soluções
Há dez anos, desde que o processo de instalação do aterro começou na região, a sociedade mogiana vem se movimentando contra a instalação do aterro: "Precisamos buscar tecnologias mais modernas para o lixo aliando um programa de reciclagem mais eficiente”, diz Silvio Marques, integrante do movimento “Aterro Não, Usina Sim”.
Há dez anos, desde que o processo de instalação do aterro começou na região, a sociedade mogiana vem se movimentando contra a instalação do aterro: "Precisamos buscar tecnologias mais modernas para o lixo aliando um programa de reciclagem mais eficiente”, diz Silvio Marques, integrante do movimento “Aterro Não, Usina Sim”.
Na terceira etapa do encontro, a prefeitura expôs medidas a serem tomadas e estudos para destinação do lixo. Para Bertaiolli, se “uma solução para a destinação correta dos resíduos for encontrada, o aterro estará de vez enterrado”. A cidade de Mogi das Cruzes e outras cinco (Suzano, Arujá, Salesópolis, Biritiba Mirim e Guararema) formaram um consórcio para estudar as melhores tecnologias para tratar o lixo no Alto Tietê.
Por enquanto, a instalação de uma usina de incineração é a principal opção para a região. Uma análise está sendo feita pela Sabesp e em março uma audiência pública está marcada para explicar o projeto da usina. “Ainda precisamos ver os aspectos financeiros e técnicos para a instalação da usina. Mas um ponto favorável, que reduz custos, é a utilização da energia gerada por ela”, afirma o prefeito.
Emidio Campos
Diretor Comercial
Grupo Sagata
segurancaprivadasp@gmail.com
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